o labirinto e o rolimã de sacola

eu tava no irã, numa reportagem investigativa, no meio de um labirinto que os viciados tinham que atravessar pra chegarem até as bocas. além do exército marcar presença, ainda tinham minas espalhadas pelo labirinto. vi uma mulher explodir, tentando fugir do exército. no meio do labirinto ficavam as bocas, mas também umas lojinhas alternativas, um pessoal descolado à la augusta vendia coisas lá, e nem era ilegal. fiquei pensando "quem vem fazer compras aqui?". de qualquer forma, quem conseguia comprar a droga ainda tinha que enfrentar tudo de novo pra conseguir sair vivo. quando eu saí de lá, um cara pensou alto: "não gosto desse país"; então eu disse: "eu também!". fizemos um grupo, precisávamos ir embora urgente, ou ia sobrar pra gente.

já no brasil, chegando em cuiabá, eu, uma irmã e uma prima estávamos escalando a joão gomes sobrinho, que era muito íngreme mesmo. depois tinha a descida da salgado filho. desci de rolimã, mas era de sacola: ralei minha bunda.